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Jovem de 15 anos morre vítima de arma de fogo disparada em assalto
Um jovem de apenas 15 anos faleceu na manhã de ontem após ter levado um tiro na nuca durante um assalto na rua em que morava, no Maiobão. Robert Tairone Montelo Pinto foi assaltado na noite de sábado e desde então estava internado no Socorrão II, já com morte cerebral. Na manhã de ontem os médicos informaram que o jovem teve falência múltipla dos órgãos. Os moradores das quadras 111, 112 e 113 do bairro estão indignados, pois eles acreditam que os assaltantes se aproveitaram da falta de iluminação no local para cometer o crime.
Os parentes lembram que por volta das 21h da noite do último sábado, o Puca – como eles carinhosamente chamam Robert – saiu de casa informando que iria visitar uma amiga que mora na mesma rua da sua residência, apenas três casas depois. “Ele disse para a minha mãe que ia rapidinho na casa da amiga aqui perto. Ele nem chegou a fechar a porta. Era acostumado a ficar conversando na rua”, relatou Osmarina Fonseca, tia de Robert, que morava na rua 123, quadra 111 do bairro Maiobão, no município de Paço do Lumiar.
Ao chegar à casa da amiga, Robert nem quis entrar, justificando que queria apenas passar uma música do aparelho celular dela para o dele. Ela passou o próprio celular pela grade do portão e ficou esperando a transferência acabar. A amiga lembrou também que ainda insistiu para que Robert entrasse na casa. “Ele disse que era bem rapidinho e não quis entrar. Eu ainda insisti, mas não adiantou”, contou a amiga, que muito nervosa e emocionada, preferiu não se identificar.
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Chuva destruiu todos os processos em São Luis, diz promotor
O promotor Antônio Carlos Ozório Nunes afirmou nesta segunda-feira que São Luiz do Paraitinga perdeu praticamente todos os seus registros com a chuva que atingiu a cidade na virada do ano. Segundo ele, além do fórum, os cartórios de notas e de registro de imóveis foram alagados. "Está uma tragédia, houve uma destruição total dos processos e dos registros públicos. Arrombamos os cartórios e tentamos levar a documentação. Perdemos livros centenários. São Luiz está sem registros", disse.
A destruição também afetou os arquivos da prefeitura. "Toda a documentação foi perdida", disse a prefeita, Ana Lúcia Billard Sicherle (PSDB). Com o prédio da administração municipal afetado pela enchente, a prefeita passou a despachar em uma casa localizada ao lado do QG da Defesa Civil, na entrada da cidade.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nesta tarde uma nota informando que foi pedido ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo(TJ-SP) a suspensão dos trâmites processuais do Fórum de São Luiz. "A enchente em São Luiz do Paraitinga atingiu também o prédio onde está instalado o Fórum da Comarca, o que deve prejudicar a atividade jurisdicional", afirmou, por meio de nota o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso.
A Defesa Civil afirmou que a situação deve voltar ao normal nesta terça-feira. O órgão afirmou que o nível da água baixou tão rápido quanto subiu e que agora só há alagamentos nas partes mais baixas na cidade. As chuvas provocaram a cheia no rio Paraitinga, destruindo várias edificações. No total, 30 pessoas estão desabrigadas, outras 2.122 estão desalojadas e uma está desaparecida. A previsão para amanhã é dar início à limpeza do município e aos trabalhos de avaliação dos imóveis que necessitam ser interditados ou demolidos.
Resgate
Turistas que foram passar o Réveillon em São Luiz do Paraitinga começaram a retornar para suas casas nesta segunda-feira. Clóvis Winther Yassuda e a mulher dele, Flávia Fonseca, foram para a cidade no dia 31 de dezembro e só conseguiram retornar hoje para Taubaté. Durante esse período, o casal ficou sem banho, dividindo os poucos alimentos disponíveis e racionando a água. "Vi pessoas desidratadas na porta da igreja por falta de água", disse.
"O perigo é tão grande e iminente que precisam fazer uma retirada em massa daquela cidade", disse Yassuda. Segundo ele, os desabrigados estão precisando de água e comida, além de medicamentos. O turista também reclamou da falta de informações entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. "Faltou informação, não avisaram ninguém, nos deixaram na chuva, no escuro, sem água e sem comida."
Nunes e Yassuda participaram o resgate dos moradores feito pelo grupo de rafting do município. "Eles (equipe de rafting) salvaram 500 vidas, no mínimo. Só no bote em que eu estava, foram umas 50 pessoas resgatadas", afirmou o promotor. Segundo Yassuda, "quem salvou a população foram os próprios moradores e a equipe de rafting. Eles remaram exaustivamente. Eu fiz duas viagens e bati de porta em porta para saber se as pessoas estavam ali. Tirei um senhor de 78 anos da laje da casa dele".